sábado, 15 de janeiro de 2011

Paleopatologia e neoplasias

(Papiro com trcho do Livro dos Mortos, fonte Wikipedia)

A paleopatologia é o ramo da ciência que estuda as doenças humanas através dos tempos, sendo um dos mais famosos ramos o estudo das múmias. Com isso, podemos conhecer melhor a origem da patologias atuais e até planejar novas estratégias de prevenção e cura ao analisar como uma moléstia se espalhou e afetou determinada população.

Uma matéria antiga, mais bem legal, saiu na Superinteressante em 1988:
http://super.abril.com.br/cotidiano/mumias-licoes-3-mil-anos-438622.shtml
Um tema recente  é a baixa presença de neoplasias malignas em  cadáveres antigos: http://noticias.r7.com/saude/noticias/estudo-com-mumias-culpa-vida-moderna-por-aumento-nos-casos-de-cancer-20101014.html

    Isso pode ser usado para levantar a seguinte questão: até que ponto isso se deve a baixa incidência de tumores e até que pouco às tecnicas de análise?
   Afinal, de um lado, temos a explosão no período indutrial de hábitos e poluentes  extremamente cancerígenos, como o tabagismo,o sedentarismo, a dieta rica em gordura e sal, a poluição  causada pelos carros e pela indústria em geral, a radiação nuclear.  O melhor exemplo é o amianto, cuja manipulação só foi restrita recentemente. Com o advento da Revolução Industrial no século XIX, o amianto foi a matéria-prima escolhida para isolar termicamente as máquinas e equipamentos e foi largamente empregado, atingindo seu apogeu nos esforços das primeiras e segundas guerras mundiais. Dali para frente, as epidemias de adoecimentos e vítimas levaram o mundo "moderno" ao conhecimento e reconhecimento de um dos males industriais do século XX mais estudados em todo o mundo, passando a ser considerado daí em diante a "poeira assassina".

  Do outro lado, temos o problema da preservação de tecidos que variam pra cada técnica de embalssamamento, dos texto tecnicos de séculaos atra´s estarem muito perdios ou em linguagens de difícil acesso (  Os médicos e farmacêuticos antigos eram os alquímistas, benzedeiros e sacerdotes, com cada grupo usando uma lingugem cifrada própria. Quando você vê no texto antigo de bruxaria "acrescenar pó de asa de morcego" significa adicionar pimenta do reino! ) , além dos registros artísticos terem em parte se perdido e possuirem sua própria subjetividade.

ABREA - Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto: http://www.abrea.org.br/index.html
Paleopatologia: http://www.ccs.saude.gov.br/paleopatologia/paginas/o%20que%20e%20paleopatologia.htm

Aqui vai um momento de reflexão para todos!
Tema sugerido pelo Dr Ricardo Alves Basso e desenvolvido por mim, dr Luiz Henrique Cecanecchia fernandes

Um comentário:

  1. Olá a todos,
    Luiz, muito bom o desenvolvimento do tema paleopatologia que você fez. A ideia é mesmo a baixa longevidade dos nossos antepassados, pois câncer é uma doença genética que pode surgir na falha da multiplicação celular necessária durante toda a vida do indivíduo, para crescimento e renovação. Assim, aquilo que permitiu a evolução da nossa espécie, que aliás, continua acontecendo, mas como num estilingue, estamos da fase do "puxamento" do elástico para só então evoluirmos num grande salto, também foi capaz de desenvolver essa doença terrível que só perde em número de mortos para as doenças cardiovasculares, em segundo, e para o trauma, em primeiro lugar.
    Estou "carregando" os livros, ok!! mas, vai demorar pois o upload é lento. Certo, Juliana!!
    Fica uma pergunta: É possível distinguir histologicamente, radiologicamente e mesmo através de imuno-histoquímica, entre um adenocarcinoma endometrióide do colo uterino e e do endométrio ? Quero dizer, ao se deparar com uma neoplasia deste tipo, adenocarcinoma do tipo endometrióide, é possível descobrir seu sítio primário, se do colo uterino ou do endométrio ?
    um abraço a todos
    Basso

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